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Dia da gula: Você faz ideia de como funciona o cérebro de uma pessoa gulosa? Entenda

Tem comidas e bebidas que causam uma sensação de prazer só de olhar. Mesmo sabendo que aquele alimento pode não ser saudável, muita gente não resiste e se atira. E come mais do que deveria, perde totalmente o controle do “só um pouquinho”. Se identificou? Então você pode ser guloso!

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O dia 26 de janeiro é o Dia da Gula e foi criado justamente para alertar sobre o consumo exagerado de alimentos e bebidas. A gula pode ser causada por uma onda de compostos químicos numa determinada região do cérebro e funciona exatamente ao cérebro do viciado em drogas.

A descoberta é de cientistas da Universidade de Michigan (UM). Como eles descrevem na edição de 20 de setembro da revista Current Biology, a química no cérebro é semelhante ao ópio e pode desencadear o impulso de devorar uma guloseima sem restrições.

Dia da gula: Você faz ideia de como funciona o cérebro de uma pessoa gulosa? Entenda
O neurocientista Fabiano de Abreu Agrela explica qual é a parte do cérebro que desencadeia a reação de gula. Fotos: Divulgação / MF Press Global

O Pós PhD Neurocientista Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela explica qual é a parte do cérebro que desencadeia a reação de gula.

“Nos humanos, o neoestriado é dividido em duas partes, atrás dos olhos e abaixo das dobras do córtex perto da frente da cabeça. Está logo acima do bem estudado circuito de recompensa do cérebro, que inclui o corpo estriado ventral e o núcleo accumbens”, iniciou.

Segundo cita o especialista, estudos com ressonância magnética sugerem que o neoestriado é ativo quando um indivíduo com sobrepeso olha para a comida ou um viciado vê uma droga de sua escolha. O chocolate é um dos produtos que estimula essa tempestade química no neoestriado.

“O neurotransmissor encefalina, que se ligam a sítios estereoespecíficos de receptores opióides no cérebro, aliviando a dor e produzindo uma sensação de euforia, conhecido como neurotransmissor narcótico semelhante a morfina, é um opioide que envia sinais de prazer”, completou.

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Fabiano lembra que quanto mais forte o aumento da encefalina, maior a ansiedade para comer e que só termina quando saciado. Com essa mudança, a corrida de encefalina diminuiu enquanto outros circuitos presumivelmente entram em ação para dizer ao cérebro para parar a compulsão.

“Receptores opióides do neoestriado ativam um intenso sistema motivacional, levando a buscar recompensas”, finalizou.

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