Um simples copo ganha uma nova vida nas mãos criativas de crianças e adolescentes. O que antes era apenas um recipiente, agora vira instrumento musical, moldando sons, ritmos e movimentos. Nas batidas e toques, o copo se transforma, conduzindo emoções e brincadeiras em uma dança lúdica que explora a musicalidade e a expressão corporal. Tal brincadeira se tornou tão popular, que virou o tema principal do filme “A Escola de Ensino Fenomenal II“.
Na Escola de Ensino Fenomenal, o ambiente vibrante está longe de ser uma mera sala de aula. O que começou como uma simples brincadeira de batucar com copos, tomou conta da escola e virou motivo de uma discussão polêmica, dividindo a opinião entre os educadores. Para uns é vista como uma forma criativa de desenvolver habilidades musicais e motoras nas crianças, mas para outros a batucada dos copos atrapalha o cronograma das atividades previstas. Sendo assim, a pergunta que circula pelos corredores é: será que a prática será proibida?
A questão, que reflete o embate entre arte e disciplina, foi tema também do primeiro filme homônimo, lançado em 2014, com direção de Nélio Spréa e Levi Brandão e realização da Parabolé Educação e Cultura. O filme já soma mais de 4 milhões de visualizações no Youtube e foi vencedor do 8º Prêmio Brasil de Cinema Infantil / FICI – Festival Internacional de Cinema Infantil do Rio de Janeiro. Tamanho foi o sucesso que, dez anos depois, em junho de 2024, os diretores lançaram “A Escola de Ensino Fenomenal 2“, que contará até o final do projeto com 24 exibições, em escolas de Curitiba e região. Na quarta-feira, dia 25, foi a vez das crianças da Escola Municipal CEI Ulisses Falcão Vieira assistir ao segundo filme.
Spréa e Brandão são produtores culturais, educadores, músicos e pesquisadores conhecidos por seus trabalhos que buscam conectar arte e educação. Para eles, o curta não apenas diverte, mas também traz à tona discussões importantes sobre educação e criatividade. “A brincadeira com copos, que mistura percussão e coreografia, é muito mais do que um jogo; é uma forma de as crianças explorarem ritmo, movimento e expressão corporal. O filme celebra essa forma de aprendizado lúdico, evidenciando como o simples ato de brincar pode se tornar um instrumento poderoso de desenvolvimento motor e cognitivo“, diz Brandão.
Spréa complementa que brincadeiras como a dos copos despertam a criatividade nas crianças longe das telas e colocam em xeque o uso excessivo de dispositivos eletrônicos, que podem prejudicar o desenvolvimento social, mental e físico dos pequenos. “O entretenimento virtual, embora útil em determinadas circunstâncias, causa a falta de movimento e interação social, podendo trazer sérios problemas a longo prazo“, alerta o arte-educador.
Voltando à trama do filme, enquanto o diretor Fifi decide o futuro da batucada de copos na Escola de Ensino Fenomenal, o curta “Ensino Fenomenal 2” segue despertando reflexões em torno do papel da música, do movimento e do equilíbrio entre a tecnologia e o brincar na vida das crianças. Para os diretores, o curta-metragem “A Escola Ensino Fenomenal II” é um convite para que todos, educadores e pais, reflitam sobre a importância do brincar e da arte no desenvolvimento das novas gerações.
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